terça-feira, 20 de novembro de 2012

FERNANDÃO


Uma simples homenagem ao nosso eterno ídolo Fernandão...

COMO SE LAPIDA UM ÍDOLO

Era sua estréia, segundo tempo, ele acabara de entrar em campo, e o adversário não podia ser mais apropriado, o maior rival. Bola alçada na área e um gigante chamado Fernando Lúcio da Costa, sob para cabecear a bola para o fundo da rede e marcar o gol 1000 em clássicos Gre-Nais. Ele se ajoelha e emocionado é abraçado pelos companheiros. Fernandão, mal sabia ele que nós torcedores colorados que se ajoelharíamos em sua reverência.

            Poucos tinham a estrela desse jogador, Fernandão chegou ao Internacional para marcar história, e se tornar o meu maior ídolo dentro do futebol. Salve também o outro Fernando, Fernando Carvalho, que tirou da cartola esse que seria um dos jogadores mais importantes da centenária história colorada.
           
            Ele não conseguiu nos dar um título Brasileiro, mas ele simplesmente conseguiu comandar as nossas maiores glórias. Ele nos deu a América, ele nos deu o Mundo. Ele conseguiu nos transformar nos torcedores mais orgulhosos e felizes do Mundo. Ele conseguiu nos fazer juntar as nossas moedas só para comprar uma camisa com seu nome estampado nas costas. Ele conseguiu transformar o Beira-Rio num teatro, nos transformar em uma orquestra e nos reger num só coro, num só grito que ecoou por todos os cantos do Mundo. Ele conseguiu ter tudo, sem nunca abandonar o seu jeito simples, o seu caráter indiscutível e sem nunca deixar de nos olhar nos olhos.

            Como um diamante bruto que precisa ser lapidado aos poucos, um ídolo se transforma em jóia ao passar do tempo, sendo lapidado com garra, vontade e principalmente glórias. Um ídolo se transforma em ídolo nos dando aquilo que antes não tínhamos, que antes não sentíamos. Um ídolo é lapidado com a seqüência dos seus jogos, e acima de tudo com a importância deles.

            Porém, quando a jóia é rara, percebemos no primeiro brilho da pedra. E com Fernandão não foi diferente. Ele não sabia, mas ele acabara de ser lapidado ídolo colorado no primeiro suspiro na beira do Guaíba, e sem saber, em herói, no seu primeiro amarrar de chuteiras.


2 comentários: