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Finalmente, a gestão Odone promoveu mudanças profundas no setor mais importante para o futuro do clube: As categorias de base.
Segundo reportagem da Zero Hora desta sexta, a ênfase será maior na formação de atacantes. A deficiência na formação de bons atacantes teria sido identificada pelo novo comandante do futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe. Confesso que não simpatizo muito com o estilo do novo comandante mas se ele conseguir, pelo menos, implementar esta nova filosofia na base do clube, o Grêmio já sairá vitorioso deste processo. Parabéns, Odone e Pelaipe.
Aqui vai a noticia:


Rumo ao gol: Atacantes serão o novo foco das categorias de base no Grêmio

Presidente Paulo Odone quer que o clube modifique a tendência de criar apenas zagueiros e volantes

Luís Henrique Benfica
luis.benfica@zerohora.com.br

Contratado para o lugar de Mauro Rocha, o novo coordenador das categorias de base do Grêmio, Marcos Antônio Biasotto, chega ao Olímpico no dia 22 com uma missão considerada inadiável pela direção. O presidente Paulo Odone quer que o clube, em curto prazo, volte a formar atacantes.

— Nos últimos anos, as exceções são Anderson, que virou volante no Manchester United, e Carlos Eduardo — recorda Odone, para quem o Grêmio necessita corrigir a tendência de criar apenas zagueiros e volantes.

Recomendado por Rodrigo Caetano, que trocou o Grêmio pelo Vasco em 2009, Biasotto tem o que a direção considera uma visão nacional do mercado. Sua estratégia de ação consiste em espalhar observadores de jovens atletas por todo o país e fechar parcerias com escolinhas e clubes, alguns deles de pequena estrutura.

No Palmeiras, onde trabalhou por dois anos, Biasotto montou duas estruturas para formação de jogadores, uma no Nordeste e outra no Sul. Patrik, por exemplo, foi descoberto no São Caetano. Ricardo Goulart, garimpado no Santo André, acabou trazido para o Beira-Rio por falta de acordo financeiro com a diretoria palmeirense.

— É preciso saber onde está o bom jogador — entende.

Com atuação também no Atlético-PR, Biasotto passou a maior parte da carreira no Paulista, de Jundiaí, onde colaborou para formar Victor e Réver, contratados em 2008 pelo Grêmio.

Para Odone, conquistar títulos não é a prioridade da base: mais importante é pensar no futuro do clube. Nesse sentido, anuncia a retomada das obras do CT de Eldorado do Sul.

Uma política mais agressiva de captação de talentos é defendida por Rodrigo Caetano. Mesmo que o preço seja dividir os direitos econômicos do futuro craque com parceiros.

— Hoje, o jogador de talento não bate mais na porta do clube. É preciso buscar esse jogador. Há casos em que o atleta sai do Interior direto para clubes de fora do país — observa.