quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ENTREVISTA COM ORCINA, JOGADOR DO GRÊMIO ENTRE 1973 E 1974

Luis Carlos Orcina, o 5 do Grêmio.
E AÍ PESSOAL!!!


Sei que ando sumido do Blog por que estou sem internet em casa. Assim que tiver outra vez volto a ser mais ativo. Mas mesmo assim dei um jeito de conseguir fazer uma coisa que desejava a tempos, a entrevista para o blog.


Não apenas jogou no tricolor, é tricolor!!!!











Camisa da época, segundo Orcina a malha era terrível.

Peço a toldos os blogueiros e leitores que divulguem esta entrevista, na vida pessoal e/ou nas redes sociais por que ficou muito legal.
Volante dos bons.




46 perguntas para Luis Carlos Orcina, o camisa 5 tricolor que comprou briga até com a brigada, que foi ver GRENAL com a torcida e teve de sair antes, que já lidava com as Maria chuteiras e que sente saudades dos tempos de jogador.
Lesão o tirou do tricolor.
Em um comércio tenho a chance de encontrar muitas pessoas.





Abrir uma tabacaria e conveniências com o nome de Ponto de Encontro já começa a me trazer bons auspícios. Outro dia estava trabalhando quando vi um senhor simpático, aliás, olhando as manchetes dos jornais.
Era Luis Carlos Orcina, centro-médio do Grêmio nos anos de 1973 e 1974. Um camisa 5 clássico, daqueles que ficam a frente da zaga protegendo os zagueiros e cobrindo avanços dos meias, sim por que naquela época os laterais não subiam pois lá estavam os pontas.
Ao ver Orcina, meu amigo e de meu pai, ali na minha frente me apressei e o convidei a dar uma entrevista para o blog www.peleiagaucha.blogspot.com . Havia um bom tempo que esta vontade aflorava em mim. Já havia conversado com colegas de blog, mas a oportunidade não se mostrava clara. Não até Orcina parar de caminhar para ler as manchetes dos jornais no Ponto de Encontro.
A entrevista ocorreu um dia após o Inter, nosso rival vejam a ironia, conquistar a Recopa Sul America. A entrevista foi interrompida uma ou duas vezes por colorados em busca do jornal, queriam o pôster. As gozações inevitáveis Orcina apenas respondia cordialmente, “jogaram bem.” Enquanto estávamos a sós eu lhe disse, “não agüento mais ver o Inter ganhar” e ele apenas concordou com a cabeça.
A entrevista foi interessante, Orcina não se negou a responder nenhuma questão. Muito bem humorado pensou antes de responder as perguntas “mais quentes”. Vê muitas diferenças entre a sua época e a de hoje, mas não tanto no jogo jogado.
Confira a integra da entrevista de cerca de uma hora que fiz com esta figura que entrou para a história por causa de uma polêmica, mas que é muito mais que isso.

1.             Carreira
Amador: Brasil; Santa Cruz e Rio Branco de Santa Vitória do Palmar.
No Rio Branco se destacou no estadual de amadores.
1969 FARROUPILHA, levado pelo Treinadoir do Rio Branco, Paulo Achino que havia assumid o comando do Fantasma.
1970 ATÉ A METADE DE 1973 no BAGÉ
1973 ATÉ SETEMBRO DE 1974 EMPRESTADO AO CAXIAS, JOGOU COM FELIPÃO.
1975 FIGUEIRENSE
1976 BAGÉ
1977 SAMPAIO CORRÊA
1978 GUARANI DE BAGÉ.

CURIOSIDADE:
No verão de 1977 estava em SVP no armazém da minha família quando chegaram o teu pai e o Jacaré avisando que na CRT, única central telefônica na época, havia uma ligação para mim. Com a CRT era em frente ao bar do teu avô pediram para me chamar e eles foram ao meu encontro. Isso levou uns trinta minutos e o telefone em cima do balcão eo cara do outro lado da linha me esperando. Era um dirigfente do Sampaio Corrêa que estava a minha espera em um hotel de POA. Falei com ele e viajei para POA, no dia seguinte estava conversando com ele acertei e liguei para o Bagé que me pediu que depositasse o dinheiro na FGF em nome do Bagé, assim o fiz, eu mesmo fui a sede da FGF e levei o dinheiro do Bagé. Na época o Sampaio Corrêa levou mais dois daqui.
Depois do jogo contra o Remo, a polêmica.

2.             Conta para o pessoal do peleia gaúcha a famosa passagem em que ficastes sem poder sair do Olímpico.
Em um jogo contra o Remo pelo Campeonato Brasileiro as jogadas estavam muito violentas. Orcina começou a responder na mesma moeda. Quando o jogo acabou um repórter o entrevistou e perguntou sobre a sua reação, ele na saída de campo, cansado, suado e sem pensar muito sentenciou:
Quem gosta de apanhar em casa é mulher de brigadiano.
A entrevista repercutiu rapidamente, era a época da ditadura militar, logo com quem Orcina fora meter a mão. Teve que ficar uma semana sem sair do Olímpico para não ser preso, “eles ficaram na volta louco para me pegar” se lembra rindo do fato.
O Comandante da Brigada era o Barcellos, filho do Governador. O Grêmio acertou para eu ir depor para ele sem ser preso. Chegamos lá e o Obino(Presidente do Grêmio) e o Madeira(Vice do Grêmio) eram advogados e davam aula na faculdade para o Barcellos. C
Começaram a conversar e se esqueceram de mim e ficou por isso mesmo. Mas no domingo seguinte chamei os repórteres e falei que era um dito popular que se usava na minha região e que não tinha falado por mal. Hehehe.
Mas o pessoal me dizia, se tu dizes isso no Bagé ninguém da bola, mas no Grêmio...
Saiu até na Veja a polêmica.

Sobre o Grêmio e sua carreira profissional

3.             Como chegastes ao Grêmio?
A Seleção gaúcha do interior, com o Galego como Técnico e o Major Mário Dormet com Preparador Físico, foi formada para excursionar por Uruguay Chile Bolívia...
O 1º jogo foi contra o Nacional em Montevidéu, o ano era 1973, Manga era o goleiro do Nacional, o jogo terminou 3x2 para o Nacional.
Mas a excursão só teve um jogo, acho que o pessoal dos outros países achava que era a selação gaúcha com jogadores do Grêmio e do Inter e quando viram que não era bem assim...
Uns 3 ou 4 meses depois assume o Grêmio Carlos Froner com o Mário Dormet como preparador físico que me indica ao Grêmio.

4.             Quem dava as cartas no Olímpico na tua época?
O Presidente era o Flávio Obino e Luis Carlos Madeira era Diretor de Futebol. Quem realmente acompanhava e mandava era o Renato Souza, pai do Paulo Renato de Souza que morreu a pouco. E peguei o início da carreira de Antônio Carlos Verardi no Grêmio. Esse é gente, é o melhor dirigente que o Grêmio teve.


5.             O grêmio era tão dividido como é hoje quando os conselheiros que não estão na direção sempre criticam os que lá estão?
Sempre existiu e sempre vai existir. Quem não tá quer entrar e quem entra não faz!
6.             Essas brigas e disputas entre dirigentes e conselheiros, chegam ao vestiário?
Sim. Por mais tentem que tentem fechar chega. Por que começa a história de que se um lado ganhar o treinador vai embora, vão dispensar este ou aquele. Geralmente chega pelo lado negativo.
7.             O que era mais chato em ser jogador de futebol?
Nada. Se pudesse voltar eu voltava, não achei nada chato.

8.             E a concentração?
Não é chata, são dois dias e é necessário.

9.             Já tinha muito assédio das Maria chuteiras na tua época?
Menos que hoje, mas sempre existiu.

10.          E como era a tua relação com elas?
Risos... tinha que haver um certo cuidado, porque  tinha de tudo. Tinha as que realmente eram fãs e tinha as que queriam só se acomodar na vida.

11.          Domingo tem grenal. O que tu acha que o Grêmio tem que fazer para poder vencer o rival?
A história lembra que geralmente está em melhor fase, agora é o Inter, cresce o adversário sempre. Se o Grêmio ganha esse Grenal apaga o que vem de errado.

12.          Quantos grenais tu jogou?
Nenhum pq peguei dois Brasileiros em que só teve um GRENAL

13.          Qual mais te marcou?
Em um GRENAL em 1974 eram 18 concentrados e fardavam 16 sobrei eu e o Beto Fuscão, zagueiro. O jogo era no Beira-Rio aí sem a roupa do Grêmio fomos ver o jogo da arquibancada e nos misturamos com a torcida do Grêmio, só que o Beto Fuscão foi com uma camisa vermelha (risos). Nos demos conta dentro do estádio. A torciuda do Grêmio começou a nos jogar objetos e nos xingar, tivemos de ir embora mesmo eles tendo nos reconhecido.

14.          Quem era o jogador mais difícil de marcar na tua época?
Carpeggiani. Oriundo do futebol salão, tinha muita técnica e caia pelos lados do campo.

15.          Que tipo de treinador tu prefere, um tático ou um motivador?
Tem que ter as duas qualidades.
Depois de treinar 20 dias em Tramandaí...
 derrota para o América do Rio de Tarciso.

16.          Tu acha que treinador ganha jogo?
Ajuda bastante ou estraga.

17.          Até que ponto um treinador pode fazer com que um time sem grandes talentos tenha êxito?
Aí é que entra a parte tática, aí que o treinador vai mostrar a capacidade dele. Tem que saber o que tem na mão.

18.          Dos teus treinadores, na tua carreira profissional qual tu destaca?E qual era a característica dele?
Paulo de Souza Lobo, o Galego foi o melhor que tive. Enxergava o jogo e era motivador.

19.          Tu conheces, viveu ou ficou sabendo de algum caso em que alguém da mídia criticou ou elogiou algum jogador em troca de jabá? Conta pra gente.
Sempre se falava isso, mas não tenho como provar nada.

20.          Como é a relação dos jogadores como repórteres de jornais e rádios?
Geralmente era com os repórteres setoristas, os outros a gente só sabia o nome.

21.          Nos times que tu jogou, tinha algum estrangeiro no elenco?
Sim . Ancheta e Oberte baita jogador,

22.          Como era a relação com eles?
Relação era boa. A relação no futebol entre os jogadores é a mesma.

23.          Pergunto isso por que atualmente o Grêmio teve vários estrangeiros que mesmo tendo boas atuações não se firmam, neste ano estão no elenco os Argentinos Escudero e Miralles. Do Escudero se fala que ele é um cara fechado que fala pouco, é um tímido e do Miralles falam que ele não tem relacionamento bom com os líderes do grupo e aí os dois estão no banco. Isso pode ser verdade?
Quando eles jogarem eles aceitarão, vai somar para o grupo e tudo se resolve.

24.          Como os treinadores lidam com as diferenças internas no grupo?
É uma questão de personalidade, desde que não interfira no jogo não tem problema de ter grupinhos.

25.          Qual o treinador que tivestes que melhor lidava como isso?
O Galego que ficava na concentração do Bagé de terça a domingo.
Ser titular no Regional era muito importante naquela época.

26.          Quando é que se pode dizer que um grupo está fechado?
O certo é estar sempre fechado, está ganhando para isso. O que eu acho é que geralmente quando está ganhando está fechado, quando perde há sempre a dúvida.

27.          E quando o treinador tem os seus bruxos, que jogam menos que alguém que está no banco, o que o grupo ou esse jogador tem que fazer?
Pelo que eu vi sempre os treinadores sempre colocavam os melhores, não ficavam presos. Porque se ele perder não vai longe.

28.          Jogador derruba treinador? Como? Erram jogadas por gosto?
Ajuda a derrubar, grupinhos ajudam a derrubar. Principalmente se o treinador for traíra, aquele fala uma coisa aqui e outra ali. Aí começa a desconfiança. O jogador tem que acreditar no treinador, falar a mesma língua. Jogador não erra jogadas por gosto, mas não há aquele empenho, aquele algo a mais que tem que ter.

29.          Dirigente se mete em escalação de time?
Tenta, depende do treinador aceitar ou não.

30.          Como tu viste a passagem do Renato como treinador no Grêmio? Ele é bom técnico?
Começou com desconfiança e provou o contrário. Isso em 2010, já em 2011 ele começou a querer aparecer mais que o próprio Grêmio. Nos últimos jogos a TV só o filmava, mais até que os jogadores. Acho que ele não sou administrar isso.

31.          E a saída dele? Eu abro meu coração ao dizer que até agora não perdoei o Paulo Odone, mas tu o que tu acha, ele tinha que sair?
Pensa muito... Poderia ter havido uma reunião do Renato com a direção e tentar solucionar a permanência dele para o bem do Grêmio. Que é o mais importante, acho que teve um pouco de vaidade pessoal de cada um (Odone e Renato).
Bons momentos

32.          Tens ido ao Olímpico?
Depois quer parei só fui duas vezes levar meus filhos para conhecer. Da minha época não tem mais ninguém.

33.          Quando foi a ultima vez que tu foste à casa tricolor?
2010

34.          Como é a relação institucional que o Grêmio tem com seus ex-jogadores?
Comigo não tem nenhuma.

35.          Já vistes o projeto da Arena gremista? O que tu acha disso?
Não vi o projeto, mas acho que tudo que for para melhorar o Grêmio é ótimo

36.          Quando tu passar pelo Olímpico e no lugar dele vai estar um shopping ou alguma coisa parecida. Como tu acha que vai te sentir?
Tudo na vida se renova. O estádio está muito dentro da cidade até para estacionamento é ruim.


Sobre Diferenças de hoje para a tua época

37.          Que diferença você vê no futebol de hoje para o da sua época?
O futebol da década de 70 até 80 e poucos era mais técnico e com espaço. Hoje tem que ser atleta para jogar. Quem não está bem fisicamente não joga. Tem cara que corre 30, 40 metros com a bola, na nossa época era a bola que corria.

38.          Hoje quando um jogador de time grande muda de time se diz que nem os netos dele precisarão trabalhar de tanta grana que ganham. Times brasileiros andam pagando como os times médios da Europa. Quando tu paraste de jogar como ficou a tua vida econômica. Tivestes que trabalhar em outra coisa?
Tive que trabalhar era outra época.

39.          Sem querer ser indiscreto, quanto recebia um jogador titular do Grêmio na tua época?
Sempre teve os que ganhavam mais e os que ganhavam menos. No meu caso eu ganhava 6 mil cruzeiros, não sei se era pouco ou muito. Isso me dava uma vida de classe média, comparando com o que eu ganhava no Bagé que era 1500, mais ou menos.

40.          Como tu vês as arbitragens da tua época e de hoje? Há muita diferença em termos de qualidade?
Naquela época tinha o bom juiz e o mau juiz e hoje continua a mesma coisa. Interessante hoje é que a TV mostra mais e os caras estão errando menos. Estão errando menos porque a cobrança é maior, naquela época erravam e se esquecia.

41.          A torcida é mais fanática hoje?
Totalmente. Hoje está passando do limite.
Já tinha treinador querendo
 volante que soubesse jogar.

42.          Tu era um volante que jogava com a 5, que tipo de jogador hoje joga como tu naquela época?
No Grêmio hoje o Gilberto Silva, parado tocando a bola. Está jogando muito, não erra um bote.

Na foto com Everaldo, Campeão com a Seleção em 1970.

43.          Na parte tática, quais as diferenças que tu enxerga daquela época para hoje?
Tem menos espaço e se preenche muito o meio de campo e na década de 1970 se tinha mais espaço e se corria menos. Os laterais não subiam, mas subiam os dois meias e tinha dois ponteiros.

44.          Hoje os esquemas tácticos são os mais diversos. Tem o 4 4 2 com muitas variações; duas linhas de 4, meio em losango ou em quadrado. O 3 5 2 foi moda por um tempo, na Europa o 4 5 1 com três meias que chegam é a bola da vez e tem o Barcelona no seu 4 3 3 que muita gente diz que é 4 5 1. Afinal, quando a bola rola como funciona isso. O jogador fica pensando no esquema durante o jogo?
Vou te dar um exemplo. Às vezes o treinador escala um homem na frente, mas o importante é que quando se está com a bola quantos chegam à frente. No futebol só tem duas maneiras de jogar, tentar tirá-la do adversário e com a bola ter criatividade. Não existe outra maneira de jogar futebol.

Sobre o futebol de Santa Vitória

45.          O Futebol de nossa cidade já disputou o amador em nível estadual. Você acha que algum dia poderemos voltar a esse patamar?
Se houver união dos times e com ajuda do poder público pode. Tem muito gasto.

46.          Tu acompanha o nosso Campeonato local?O que tens a falar sobre ele?
Só vi dois jogos não tem como formar opinião.


2 comentários:

  1. Esse foi o melhor volante da história do Grêmio...hehehe!!! Se o Timão tivesse ele hoje não perderia uma partida.
    Parabéns Luciano, legal a entrevista....mais legal ainda fazer esse tipo de trabalho com as pessoas ainda em vida, ao contrário de outros que esperam passar dessa para melhor para fazer homenagens.

    Dos filhos, Rodrigo e Vanessa e do genro Bruno.

    ResponderExcluir
  2. ORCINA – ZAGUEIRO QUE FEZ HISTÓRIA

    Há muito tempo eu estava curioso para obter conhecimento sobre a situação atual do ex-jogador Orcina. Indagava, há vários anos, aos meus amigos da imprensa esportiva, aqui da Capital, dentre eles, o meu amigo Miguel Livramento, mas ninguém sabia sequer informar o paradeiro dele. No dia 18/12/12, resolvi, então, realizar pesquisa na internet, na esperança de receber alguma informação a respeito do jogador e tive a felicidade e o prazer de vê-lo por foto e ler a entrevista dele nesse blog. Orcina foi inquilino da casa do meu pai, Sr. Zezinho, no Bairro Coqueiros, em Florianópolis, durante 01 ano. Ele atuou pelo Figueirense, em 1974 e sagrou-se vice-campeão estadual. Naquela época eu tinha 13 anos. Ele era muito amigo do seu companheiro de defesa, o jogador Almeida e do Jogador Souza, que jogava pelo Avaí, já falecido. Orcina também participou da campanha histórica do alvinegro quando disputou pela primeira vez o campeonato brasileiro em 1975. Ele sempre me levava juntamente com o meu irmão Pinga, aos jogos do Figueira, meu time do coração. Naquele ano, ele era ou ainda é casado (suscito duvidas) com a Sra. Tânia, que tinha uma irmã, a Tita, onde moravam todos felizes na casa alugada. Tenho Saudades daqueles bons tempos, quando a gente se reunia aos domingos e vestíamos o uniforme do Glorioso e íamos para o Estádio Orlando Scarpelli dentro de um Opala conduzido por ele. Abraços ao Orcina e também extensivo a sua família.

    Neninho ( e-mail: neno1208@gmail.com)

    ResponderExcluir