
Existe uma verdade irrefutável no futebol aqui da aldeia gaúcha: A existência dos tais ciclos.
Os ciclos são períodos de tempo onde os resultados de campo se mostram altamente favoráveis a apenas um dos dois grandes clubes do RS.
Nos anos 40, com o rolo compressor, o ciclo foi vermelho. Nos anos 60, onde o Grêmio conquistou 12 estaduais em 13, foi azul. Nos anos 70 foi vermelho de novo, com aquele super time onde jogavam Falcão, Carpegiani e outros. Nos anos 80 e 90 foi azul de novo com as conquistas do Mundial, das duas Libertadores, do Brasileiro, Copas do Brasil, enfim, de todos aqueles títulos que muito orgulharam a nós tricolores. Não reconhecer a existência de ciclos no futebol gaúcho é passar um atestado de falta de percepção. A grande questão é: ALGUÉM DUVIDA QUE ESTAMOS VIVENDO UM CICLO VERMELHO DESDE 2006?
Todos que acompanham o blog já devem ter percebido que eu não gosto muito de escrever sobre o principal rival. Isto acontece porque não costumo acompanhar jogos do Inter, mesmo os decisivos. Também não sou adepto da tal "flauta". Respeito que goste mas eu não gosto e, portanto, prefiro ter uma postura mais distante quanto a isto.
Resolvi escrever sobre isto inspirado pelo texto do Luciano intitulado "NÃO TEMOS NADA", onde ele defende a idéia que os dois times do RS não possuem qualidade suficiente para a disputa de grandes competições. Este pensamento, que começou com Vidarte, hoje é quase um consenso na crônica esportiva gaúcha. Só uma coisa não é mencionada neste raciocínio: O CICLO É VERMELHO.
Qual a implicação disto nesta ideia? O fato do ciclo ser vermelho, exclui completamente a possibilidade do Grêmio conquistar qualquer competição importante SE NÃO TIVER QUALIDADE SUFICIENTE, e coloca o Inter sempre como um dos favoritos, mesmo que o futebol apresentado não o recomende. A maior prova dos dois fatos apresentados é a perda do título brasileiro de 2008 pelo Grêmio e a conquista da Libertadores 2010 pelo Inter, onde todos que acompanhavam o clube do Beira Rio diziam que o futebol apresentado não era suficiente para chegar sequer as quartas daquela competição.
Isto só acontece quando uma equipe vive seu ciclo. Um exemplo gremista foi a Copa do Brasil de 1997, conquistada pelo clube da Azenha, onde em um jogo contra o Corinthians, nossa equipe chutou apenas UMA bola ao gol e venceu por 2x1 no Pacaembu.
Em gre-nais, então, a influência do ciclo chega ao absurdo.
Quantos gre-nais o Grêmio jogou reconhecidamente melhor e acabou perdendo em 2009?
Isto acontecia nos anos 80 e 90: O Inter fazia uma partida de gala e qual era o placar do jogo? 1x0 para o Grêmio.
O ciclo é implacável!
Vou continuar explorando este tema por aqui.
Um abraço a todos.
É verdade Luiz, concordo contigo... A maré ta pro Inter. Eu sempre digo uma coisa, o que está acontecendo com o Inter e Grêmio nesses últimos anos é o que aconteceu nos anos 90.
ResponderExcluirO Grêmio ganhava tudo e o Inter nada, por mais que conseguisse jogar bem como disse o Luiz, o Inter sempre perdia. E o Grêmio jogando bem ou aos trancos e barrancos sempre ganhava. É o que está acontecendo com o Inter agora. Até quando??? Não sei, mas espero que siga por muito tempo hehehe
Mas uma coisa é, mesmo estando nessa "era" do Inter, o Grêmio mesmo assim conseguiu chegar numa final de LIBERTADORES. O Inter nem perto disso nos anos 90. Por isso, acho que o grêmio sofreu pouco perto dos que os colorados sofreram. Tem que sofre mais um pouquinho hehe
Boa Luiz, pior que é isso aí...
Concordo com a questão do ciclo Luis e só complemento dizendo que o "não temos nada" se refere a este semestre. O Inter sair para o Peñarol é prova disso.
ResponderExcluirLuciano
Tranquilo, Luciano, eu entendi o que quisestes dizer!
ResponderExcluirSó quis acrescentar com este texto que mesmo os dois não estando em um bom momento, o "dono do ciclo" tem mais possibilidades de conquistar alguma coisa, vide o ano passado.
Forte abraço
Luiz