A NECESSIDADE DE UM SACRIFÍCIO

Em janeiro de 2009, um grupo de investidores chamado DIS (Delcir Ide Sonda), liderados pelo investidor de mesmo nome, dono da rede Sonda, empresa com 24 supermercados e mais de cinco mil funcionários, adquiriu os direitos econômicos do lateral-esquerdo Kleber, então no Santos. Após alguns dias, o jogador foi repassado ao Internacional, assinando um contrato de três anos. O valor da transação era cerca de R$ 6 milhões.

Na última sexta-feira, 20 de agosto de 2010, em uma reunião entre o vice de futebol do Inter, Fernando Carvalho, e o empresário Delcir Sonda, a situação da permanência de Kleber não foi resolvida.

Segundo informações levadas pelo empreendedor, existe uma proposta pelo lateral colorado. Vale lembrar que o grupo DIS possui 100% dos direitos econômicos de Kleber. E, ainda, conforme o próprio vice de futebol, há um compromisso firmado com o parceiro, no sentido de liberar o atleta, em virtude de eventual proposta.

Kleber tem, hoje, 30 anos. Está numa fase excepcional, tecnicamente e fisicamente. Acertando cruzamentos, passes e não comprometendo o time no que tange à marcação na defesa.

Não tenho dúvida que, levando-se em conta a consciência do jogador em cuidar do próprio porte físico, ele tem mais 2 ou 3 anos de bom futebol.

Acontece que o Grupo DIS, investidor que é, precisa de retorno financeiro em suas aplicações. Kleber esta ultrapassando a barreira dos 30 anos; o valor de seus direitos econômicos naturalmente cairá. Sonda não quer perder dinheiro.

Após a final da Libertadores, Sonda falou que o Inter deveria “fazer algum sacrifício, para ir forte ao Mundial de Clubes”.

Pois bem. Aqui está o sacrifício!

Esta é uma necessidade, caros senhores Piffero e Carvalho. É a hora de o Inter desembolsar algum dinheiro para não perder esse jogador que foi fundamental na conquista da América.

Não é preciso explicitar a qualidade desse lateral. Nem mesmo o tamanho da dificuldade em achar outro para sua reposição.

Caso os diretores do Internacional entendam tratar-se de um negócio não rentável, é bom lembrar da dimensão que o Mundial de Clubes leva às equipes que participam, no que diz respeito à premiação e exploração da marca.

Junto a isso, caso os mandatários vermelhos compreenderem que não conseguirão ter um retorno financeiro interessante em uma futura venda do jogador, em razão de sua idade, também não olvidamos que muitos países estão, ainda, contratando jogadores mais experientes, justamente para tornar o futebol local mais qualificado e popular.

Detalhe: dentro desses países se incluem os Emirados Árabes Unidos, cuja capital, Abu Dhabi, irá sediar o Mundial de Clubes da FIFA, no final deste ano.

Não vejo outra alternativa ao Internacional a não ser pagar por esse jogador e não perdê-lo em uma hora tão importante para a história do Clube.

Eu respondo a questão da seguinte forma:

(X)Gastar R$ 6 milhões ou mais e ter mais chances de título no Mundial de Clubes.

( )Não gastar R$ 6 milhões ou mais e ter menos chances de título no Mundial de Clubes.

Vamo que vamo, Colorado!!!